O homem foi visto, durante muitos anos, como o provedor familiar da sociedade moderna – tinha o papel de trabalhar fora de casa para sustentar as necessidades financeiras da sua família – já a mulher acumulava, geralmente, os papéis de dona de casa – mantendo a ordem no lar – e de educadora – cuidando e transmitindo valores à sua descendência.
Este paradigma há muito que mudou mas, apesar da emancipação da mulher na sociedade, o estigma dentro de portas ainda se mantêm em demasiados lares – como prova o retrato estatístico da Eurostat sobre a vida das mulheres e dos homens na Europa.
Em Portugal, por exemplo, à data do estudo publicado em 2017, apenas 19% dos homens adultos desempenhava algum tipo de tarefa doméstica diariamente, valor manifestamente baixo quando comparado com os 78% das mulheres adultas.
“Em Portugal, por exemplo, à data do estudo publicado em 2017, apenas 19% dos homens adultos desempenhava algum tipo de tarefa doméstica”
Estamos no século XXI, numa sociedade livre que caminha rumo à igualdade de deveres e direitos, mas, como o estudo prova: a mentalidade tem de mudar!
Não temos nenhuma solução mágica para inverter pensamentos da noite para o dia – isso é impossível –, no entanto, acreditamos que, mudanças tão simples como a forma de escrever e falar podem surtir efeito, por isso: os homens não têm de ajudar em casa! Queremos, inclusive, ir mais longe… as mulheres não necessitam de ajuda! O termo ajuda tem subentendido a ideia de que existe obrigação para uma das partes, logo, num lar partilhado, ninguém é uma ajuda, todos fazem parte e, por isso, COLABORAM.
Resumindo
- Mulheres, não sejam as primeiras machistas, não tomem as imposições sociais como sendo lei, abordem-nas de forma critica, mas consciente.
- Homens, se têm uma life partner (traduzido à letra significa parceira de vida), deixem esse estigma machista de lado e estimulem o vosso companheirismo com ela, colaborem não só nas tarefas domésticas, mas também na vida!